Não sei se estes costumes continuaram nas turmas subsequentes do Normal, mas nas décadas de 50 e 60, sempre se repetiam os hábitos herdados de turmas anteriores.
Primeiramente, vale ressaltar que quando as alunas terminavam o Ginásio e entravam no Curso Normal - cuja identificação era motivo de orgulho – no bolso da blusa branca, eram bordadas as iniciais sobrepostas I e E (Instituto de Educação), encimando estrelas, sendo que a cada ano, acrescentava-se uma, e quando haviam três significava que a aluna era professoranda, 3º. Normal, e incutia respeito.
No último ano era usual as alunas adquirirem uma toalha branca de mesa, com quadriculados de talagarça e entregar às colegas de turma para que, cada uma, bordasse em ponto cruz um quadriculado com uma figura e seu nome, como se vê abaixo:
Estranhamente vê-se a primeira figura assinada como “Ary”, o único representante do sexo masculino entre 59 mulheres. Alguma alma boa bordou para ele.)
Outro costume, também praticado geralmente no último ano, era passar entre a turma e os professores, um álbum tipo diário, para que cada um ali deixasse sua mensagem de despedida.
Interessante é que o professor que nunca era esquecido de ser convidado para deixar sua mensagem era o Prof. Henrique Ferreira dos Reis, que para todas, escrevia sua dedicatória e fazia um desenho a bico de pena. Sua matéria era Desenho Esquemático.
Aliás, a respeito de nosso saudoso “Seu Henrique”, vale acrescentar que ele tinha uma característica marcante que divertia muito os alunos, que viviam a imitá-lo (mas com todo respeito): falava com sotaque meio caipira, onde os “erres” eram arrastados, o chamado “erre retroflexo”.
Era tão comum, que no final já estávamos habituados a ouvir em suas aulas: “pra desenharrrrr com perspectiva, é só compararrrrrrrrr o tamanho da porrrta com o da janela”, “crasse, num é difícil, é só prrestrrrrr atenção.”
Gente fina o Seu Henrique !
Profs. Henrique Ferreira dos Reis e Amadeu Colombo
Por Peixe Roncador
Equipe E E Pirassununga
2 comentários:
Nossa! era isso aí mesmo, que saudade! Parabéns pessoal pela dedicação em trazer essas lembranças tão bonitas do nosso passado no IEP.
É gratificante ter saudades e lembranças dos bons tempos vividos...
O triste é fugir do presente.
Obrigada pelas preciosas colaborações dos ex-alunos!
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